terça-feira, 20 de junho de 2006

TPM

Af virgem-maria-santíssima-nossa-senhora-mãe-de-todos-nós-pobres-mortais... alguém aí pode, pelo-amour-de-dios, me fazer entender por que cargas d'água é só a pobre mortal da mulher que tem este dever de, mensalmente, ficar menstruada?




Sim que no domingo foi festa junina na casa da Maria Eugênia e foi tudi-bom!

Apesar d'eu não gostar, fiz um bolo de macaxeira que todos dizem estar bom!!! Tinha de tudo, caruru, vatapá, tacacá, churras, tapioca doce, bolo podre, bolo de macaxeira, bolo de chocolate, munguzá, canjica, pamonha, e mais um monte de coisas!!!

Mas, o melhor de tudo foi reunir a turma, bater papo e conhecer a Catarina, a mais nova da turma, é filha do DPedro e da Carla!! E, como todos disseram, é a cara do pai!!! [parece mais que é filha só do pai!]





Agora, voltando à Copa do Mundo, vocês viram a sacanagem que fizeram com o pobre time do TOGO!!! Isso lá é coisa que se faça, juiz ladrão da poha!




Ai ai que eu não vejo a hora de viajar!!! Tá chegando o dia!!! [chega julho, chega!]





Mas sim, que a minha mãe tá fazendo esse curso do DETRAN, pra poder renorvar a tal CNH!

E, pra variar, como todo bom brasileiro, o tal do professor liberou a aula de 5a. feira, devido ao jogo do Brasil!!!

Só que há um porém, a aula é só a noite e, por conta disso, os alunos terão que sair, na 3a., 4a. e 6a. as 22h, ao invés de sair as 21h!!! Ô coisa linda de mamãe!!!

Mamãe adorou!!!





Ahhhhhhhhhhh, nem contei pra vocês... vendi a minha filha pratinha!!! [quem é?]

Ora ora, pois pois... é a S-10 prata, que era do popis... [porque ele se abuletou na minha negona e não quis mais largar!!!! e ainda tem a cara de pau de dizer que tá com saudades da prata, posso com isso??? ele nem queria mais dirigir a pobre coitada!!!]





Taí, um filme bom que vai passar na 4a. feira: DOM (inspirado na obra de Machado de Assis).




Mas, agora falando sério... e, por sinal, bem sério!!!

Recebemos, hoje, a revista IstoÉ (sem "merchan", ok?) e dei de cara com esta manchete: "ERROS MÉDICOS"



E, é claro, corri pra ler!!! Olha só:

"Negligente, imprudente e imperito" - Waldemar Dornelles é acusado de matar cinco pacientes em operações para redução do estômago, já foi cassado por duas entidades médicas, mas conseguiu liminar e está livre para operar.

Por Alan Rodrigues e Max G Pinto (fotos) – Porto Alegre (RS)

Com 32 anos de carreira e 10,8 mil cirurgias no currículo – uma média de 340 ao ano –, o médico Waldemar Dornelles sempre esteve acima de qualquer suspeita. Professor universitário e diretor de hospital, ele ganhou fama e fortuna em Porto Alegre, dono de uma vasta clientela de classe média. Com trânsito livre nos dois principais hospitais da cidade, o Mãe de Deus e o Moinhos de Vento, ele atraía pacientes como a jovem Ana Karoline Scheffer, cujo sonho era perder os 30 quilos adquiridos durante a gravidez. Pouco antes de ser operada, no entanto, descobriu-se que ela teria de retirar algumas pedras da vesícula. Dornelles, que se orgulha de ser um “médico recordista”, daqueles que gostam de trabalhar com a máxima rapidez, chegava a operar três pacientes num único dia. Com Karoline, resolveu retirar as pedras e reduzir-lhe o estômago numa só intervenção. Deu errado. Dezesseis dias depois da operação, a jovem morreu.

"Ele não só a operou com a vesícula infectada, sem a minha autorização, como, depois que tudo saiu errado, abandonou minha filha e sumiu”, relata a mãe, Sidamaia Rocha. “Esse homem é um psicopata.” Por conta do procedimento na mesa de operações, Dornelles teve seu registro profissional cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul. Na decisão, o conselho o considerou “negligente, imperito e imprudente”. Uma decisão confirmada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Além desse caso, o cirurgião é acusado de outros seis erros médicos fatais. Quando todos pensavam que ele estava fora da profissão, no entanto, em janeiro deste ano o médico ressurgiu. Ele conseguiu uma liminar, dada pela juíza Maria Isabel Pezze Klein, da 3ª Vara federal de Porto Alegre, que permitiu sua volta aos consultórios e salas de cirurgia. Para isso, a juíza prendeu-se a analisar ritos administrativos no processo do CRM e não o mérito da questão. O CRM entrou com recurso, e neste ponto aconteceu outro lance inesperado.

O desembargador Amaury Chaves Athayde, da 4ª Vara Federal da capital gaúcha, determinou no mês passado que o cirurgião pode operar, mas desde que circunscrito ao município de Ijuí, a 442 quilômetros da capital gaúcha. ISTOÉ teve acesso com exclusividade à sentença, cujo processo transcorreu em segredo de Justiça. “Uma decisão desse tipo quer dizer que, para a Justiça, os pacientes do interior do Estado podem morrer?”, pergunta o presidente do CRM gaúcho, Luiz Augusto Pereira. “Por que as pessoas de lá podem ser maltratadas?” ISTOÉ procurou o juiz Athayde para entender os motivos que o levaram a liberar Dornelles para exercer a profissão, apenas, numa cidade do interior. A resposta, por meio de um assessor de imprensa, foi lacônica. “O juiz se considera impedido de fazer qualquer comentário porque o processo corre sob segredo de justiça.”

A decisão judicial caiu como uma bomba sobre a cabeça de Cláudia Gonçalves. Ela ficou entre a vida e a morte depois de ser operada por Dornelles. “Sofri barbaramente nas mãos desse monstro”, diz Cláudia. “Ele perfurou meu intestino.

Quando comecei a sentir dores, ele disse que não era nada.” A conseqüência foi, dez dias depois da cirurgia, o estouro de sua barriga pelo umbigo. Cláudia teve infecção generalizada e precisou de quatro novas operações – com outro médico – para se salvar. “Acho que Dornelles faz experiências com as pessoas”, desconfia. Até hoje, ela tem de ir a um hospital, semanalmente, para verificar a musculatura de seu intestino. Outra gaúcha que acusa o médico de imperícia é a professora Noeli Morais. “Só de ouvir o nome dele, sinto um arrepio na coluna”, define ela. “Durmo e acordo pensando no terror das cirurgias que esse Dornelles me fez.” Anos atrás, Noeli parou de tomar pílulas anticoncepcionais para engravidar. Porém, dores abdominais a levaram a procurar o dr. Dornelles. O diagnóstico recomendou cirurgia pelo método de videolaparoscopia. Na mesa de operações, Noeli teve o intestino perfurado. Para reparar o erro, ela precisou sofrer oito novas cirurgias – com outros profissionais –, receber 400 pontos internos e externos e retirar o útero. Seu sonho de ter filhos foi interrompido.

Em Brasília, a autorização judicial para o cirurgião voltar a atuar preocupa o CFM. Nos últimos cinco anos, a entidade – uma autarquia que fiscaliza o exercício profissional – promoveu 21 cassações de registros por erro médico. Dornelles teve o seu suspenso em 2003. “Somos muito rigorosos”, explica o corregedor do CFM, Roberto Luiz D’Ávila. “Quando decidimos por uma cassação é porque temos certeza sobre a falta de ética do profissional.” A liminar que permite a Dornelles voltar a praticar – ainda que apenas na distante Ijuí – irritou o corregedor. “Essa decisão é um absurdo”, classifica D’Ávila. “Ele é um perigo para a sociedade. A partir de agora, qualquer pessoa que morrer nas mãos dele é de responsabilidade da Justiça.”

Antes de ser cassado por duas entidades de fiscalização profissional, Dornelles já freqüentava os bancos dos réus. No ano 2000, ele foi considerado pelo Ministério Público responsável pela morte de Maria Zilda Gehrke, ocorrida quatro anos antes. Naquele tempo, Dornelles era presidente da cooperativa Unimed de Pelotas, no interior do Estado. Maria Zilda deu entrada na Santa Casa de Misericórdia para fazer exames abdominais. Daí para a frente deu-se a tragédia. “Ele perfurou o cólon do intestino da minha mãe”, acusa Roselane Gehrke. “Ela reclamava da dor, ele dizia que era fricote.” Dois dias depois de ter sido operada, Maria Zilda morreu com infecção generalizada. Para o promotor Décio Luiz Silveira, o médico “agiu com manifesta negligência, ignorou a situação de erro médico, não compareceu ao hospital para examinar a vítima e tentar reverter o quadro”. Segundo Silveira, “ao ser negligente, matou culposamente”. A Justiça gaúcha não se pronuncia sobre o desenrolar do processo.

Em defesa do médico, o advogado Ovídio Baptista diz que, para ele, a cassação feita pelo CRM e o CFM representou uma “aberração jurídica”. E vai além: “Vou jogar no lixo as decisões dos dois conselhos. Não tenho dúvidas de que os processos administrativos serão anulados.” A reação do CRM gaúcho foi criticar a Justiça comum. Para o presidente do CRM, quem tem competência para avaliar o trabalho de um médico são os próprios médicos e não juízes que não têm formação em medicina. “Só quem tem as condições morais para falar dos médicos somos nós. A interferência do Judiciário nas questões da saúde nos preocupa muito.” A verdade é que decisões como a da Justiça gaúcha põem em xeque a existência dos conselhos profissionais. No caso dos médicos, esses conselhos surgem como uma das poucas esperanças da sociedade para obter a reparação de erros médicos. Se eles forem esvaziados, com decisões que anulam as suas sentenças, a quem a sociedade poderá recorrer?


Isto é um absurdo, uma loucura!!! Imaginem vocês, uma pessoa dessa operando por aí?!?! Só no Brasil mesmo que isso acontece!!!!

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