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terça-feira, 8 de abril de 2014

não te apaixones...


"Não te apaixones por uma mulher que lê, por uma mulher que tem sentimentos, por uma mulher que escreve...

Não te apaixones por uma mulher culta, maga, delirante, louca. Não te apaixones por uma mulher que pensa, que sabe o que sabe e também sabe voar, uma mulher que confia em si mesma.

Não te apaixones por uma mulher que ri ou chora, que sabe transformar a carne em espírito; e muito menos te apaixones por uma mulher que ama poesia (estas são as mais perigosas), ou que fica meia hora contemplando uma pintura e não é capaz de viver sem música .

Não te apaixones por uma mulher que está interessada em política, que é rebelde e sente um enorme horror pelas injustiças. Não te apaixones por uma mulher que não gosta de assistir televisão. Nem de uma mulher que é bonita, mas, que não se importa com as características de seu rosto e de seu corpo.

Não te apaixones por uma mulher intensa, brincalhona, lúcida e irreverente. Não queiras te apaixonar por uma mulher assim. Porque quando te apaixonares por uma mulher como esta, se ela vai ficar contigo ou não, se ela te ama ou não, de uma mulher assim, jamais conseguirás ficar livre..."

- Martha Rivera-Garrido

terça-feira, 25 de março de 2014

borboletando


Longe de Ti
 
Longe de ti são ermos os caminhos,
Longe de ti não há luar nem rosas,
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!

 
Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas...
Abertos, sonham mãos cariciosas,
Tuas mãos doces, plenas de carinhos!

 
Os dias são outonos: choram... choram...
Há crisântemos roxos que descoram...
Há murmúrios dolentes de segredos...

 
Invoco o nosso sonho! Estendo os braços!
E ele é, ó meu Amor, pelos espaços,
Fumo leve que foge entre os meus dedos!...

 
Florbela Espanca

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

"Acaso"

No acaso da rua o acaso da rapariga loira.
Mas não, não é aquela.

A outra era noutra rua, noutra cidade, e eu era outro.
Perco-me subitamente da visão imediata,
Estou outra vez na outra cidade, na outra rua,
E a outra rapariga passa.

Que grande vantagem o recordar intransigentemente!
Agora tenho pena de nunca mais ter visto a outra rapariga,
E tenho pena de afinal nem sequer ter olhado para esta.

Que grande vantagem trazer a alma virada do avesso!
Ao menos escrevem-se versos.
Escrevem-se versos, passa-se por doido, e depois por gênio, se calhar,
Se calhar, ou até sem calhar,
Maravilha das celebridades!

Ia eu dizendo que ao menos escrevem-se versos...
Mas isto era a respeito de uma rapariga,
De uma rapariga loira,
Mas qual delas?
Havia uma que vi há muito tempo numa outra cidade,
Numa outra espécie de rua;
E houve esta que vi há muito tempo numa outra cidade
Numa outra espécie de rua;
Por que todas as recordações são a mesma recordação,
Tudo que foi é a mesma morte,
Ontem, hoje, quem sabe se até amanhã?

Um transeunte olha para mim com uma estranheza ocasional.
Estaria eu a fazer versos em gestos e caretas?
Pode ser... A rapariga loira?
É a mesma afinal...
Tudo é o mesmo afinal ...

Só eu, de qualquer modo, não sou o mesmo, e isto é o mesmo também afinal.

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

domingo, 6 de janeiro de 2013

Definições

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.

Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta 
um capítulo.

Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.

Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.

Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa. 

Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára. 

Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido. 

Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista. 

Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora. 

Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja. 

Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.

Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado. 

Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes. 

Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração. 

Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma. 

Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros. 

Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente mas, geralmente, não podia. 

Lucidez é um acesso de loucura ao contrário. 

Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato. 

Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele. 

Paixão é quando apesar da palavra ¨perigo¨ o desejo chega e entra. 

Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. 
Não... Amor é um exagero... também não.
Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?

Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação, 
Esse negócio de amor, não sei explicar.


...por Adriana Falcão

segunda-feira, 14 de março de 2011

à poesia

Os versos que te fiz - Florbela Espanca

Deixe dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer !
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Tem dolencia de veludo caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer !

Mas, meu Amor, eu não te digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz !

Amo-te tanto ! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

uma pausa

nunca mais eu havia me perdido em Florbela... aqui vem ela:

"Sou talvez a visão que alguém sonhou
Alguém que veio ao mundo prá me ver
E que nunca na vida me encontrou"



                                                     [Florbela Espanca]

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

loucuras sensatas

Minhas loucuras são as mais sensatas alegrias, tudo o que faço deixo de lembrança para os que sonham um dia ser como eu!

[da internet: gleicinha]

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

copy&paste

visitando a moça do sonho, deparei-me com a bela flor… que eu adoro!


e fiquei sabendo que hoje, 8 de dezembro, era .


tudo porque hoje, 8/12, , um ícone da poesia em língua portuguesa!


florbela-espanca6


Florbela d’Alma da Conceição Espanca nasceu em Vila Viçosa, no Alto Alentejo, em 8 de dezembro de 1894, a Rua do Angerino, em casa de sua mãe, Antônia da Conceição Lobo. O pai, João Maria Espanca, era casado com outra mulher mas, como deste casamento não houvesse filhos, estabeleceu uma relação com Antônia e dessa relação nasceram dois filhos: Florbela e Apeles.



copiei do moça do sonho… ó:


Fanatismo


Minhálma, de sonhar-te, anda perdida

Meus olhos andam cegos de te ver!

Não és se quer razão do meu viver,

Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...

Passo no mundo, meu amor, a ler

No misterioso livro do teu ser

A mesma história tantas vezes lida!

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."

Quando me dizem isto, toda a graça

Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:

"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,

Que tu és como Deus: Princípio do Fim!..."



e, em manaus, !


daki e daki!


terça-feira, 11 de novembro de 2008

poema

Soneto de Fidelidade – Vinícius de Morais

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

colagemcasallindo[50]

pensamento lá longe…

 

no tempo em que éramos os verdadeiros “eduardo&monica”.

no tempo que você era rock e eu era toada.

no tempo em que você era skate e eu era carro de mamãe.

no tempo em que você era cursinho pré-vestibular e eu era início de faculdade.

no tempo em que você era mil amigos e eu era quase sozinha.

 

pensamento lá longe…

 

no tempo em que nos conhecemos e como nos conhecemos.

no tempo em que nos desencontramos numa certa noite de março.

no tempo em que descobrimos amigos comuns.

no tempo em que afinamos os gostos.

no tempo em que você passou a ser toada e eu a ser rock.

no tempo em que vivemos o pagode.

 

pesamento lá longe…

 

naquele tempo em que praticamos esporte juntos.

naquele tempo em que começamos a sair sozinhos.

naquele tempo em que cada minuto era vivido como único.

naquele tempo em que as viagens pareciam sessões de tortura.

 

pensamento vai, pensamento vem…

 

hoje somos rock, toada, pagode, axé, bossa nova.

hoje somos cinema nacional.

hoje somos amor e paixão, água e fogo.

hoje somos o doce e o desejo.

hoje somos eu e você, você e eu.

hoje somos dia e noite.

hoje somos um milhão de amigos.

hoje somos sonhos infinitos sonhados juntos.

hoje somos sonhos realizados.

 

hoje, bem…

 

hoje somos nós e só nós, vivendo um dia após o outo como se o mundo fosse só nosso.

vivendo sem medo de ser feliz.

vivendo sem medo de parecer bobo.

 

photo20050328012630

e é isso, eu simplesmente amo você… meu “tinenem”!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

aliceando

tua mão ele&eu
no meu seio
sim não
não sim
não é assim
que se mede
um coração

[alice ruiz]

sábado, 30 de agosto de 2008

poema

Um anjo que caiu do céu
Para me guiar e me mostrar o caminho certo.
Sua voz carinhosa,
Faz com que eu viaje em meus pensamentos.
E eu o sinto sem precisar vê-lo,
sempre despertando meus sentimentos e vontades.
E eu quero que você saiba
Que eu o adoro a cada instante que passa
E não vejo a hora de estar ao seu lado.

 

[Ketlin - http://www.pensador.info/frase/NTE4NzY1/]

terça-feira, 29 de julho de 2008

Rods

Amo como ama o amor.

Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.

Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

 

Fernando Pessoa

 

coração na praia

 

O verdadeiro amor não é aquele

que se alimenta de carinho e beijos

mas sim aquele que suporta a renúncia e

consegue viver na saudade...

pensando

A dor é inevitável.

O sofrimento é opcional.

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 25 de julho de 2008

segunda-feira, 21 de julho de 2008

pensamento

mario_quintana_02

Das utopias [Mário Quintana]


Se as coisas são inatingíveis... ora!


não é motivo para não quere-las...


Que tristes os caminhos, se não fora


a magica presença das estrelas!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

do pensador

Eterno enquanto dure tem um final

Mas meu amor por você é atemporal

Não tem preço...

 

[]

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Momento copy&paste

ali do blog da , ó:

Eu.

Surpreendo minha cabeça pensando em tudo que aconteceu em tão pouco tempo.
e mesmo assim eu ainda quero...
quero mais seu abraço
quero mais seu toque
quero mais sua voz
quero mais seu cheiro
quero mais sua pele
quero mais seu olhar
quero mais sua lingua
quero mais e mais tudo que tem seu jeito.


nossa e esse querer já tem vontade própria, porque eu quero
sem perceber...
quero no meio da tarde, e quando anoitece
quero quando chove e ao nascer do sol
quero no calor intenso,
quero na minha cama, aconchego...


eu quero e mesmo quando tento esquecer eu te vejo
em todos os rostos
em todos os lugares
em todos os gostos
em todos os olhares


e penso em você e recordo cada cena, recrio novas imagens
e refaço as ações, talvez para assim
te ter por mais um minuto
percorrer teu corpo em pensamento
e querer, e querer e da ânsia
nascer um renovado prazer


poder estar contigo, e beijar-te as mãos
os olhos, o peito,a boca...
fazer do meu colo, seu trono
fazer de mim sua escrava
e te obedecer os pedidos
e te cortejar as vontades
e te realizar os desejos
e atender quando ao meu corpo
chamar e para sempre
todo sempre te amar.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

domingo, 1 de junho de 2008

como eu sou e pronto!

Aceite-me como eu sou.
Não venho com garantia...
nem tenho a pretensão, de ser alguém perfeito.
Toda a perfeição não posso ter.
Eu sou como você:
sou da espécie humana, sou capaz de errar.
O erro não é falha de caráter e errar faz parte da Natureza Humana.
Eu vivo.
Eu sorrio.
Eu também aprendo!
Meu conhecimento é incompleto.
Estou na busca o tempo todo, nas horas acordadas e nas horas de sono.
Eu tenho um longo caminho a ser percorrido, assim como você também tem.
Aprendemos nossas lições pelo caminho.
Atingiremos a Sabedoria.
Assim, por favor, aceite-me como sou!
Porque eu sou só eu.
Apenas eu.
Não há ninguém igualzinho a mim no mundo.
Esta é a única garantia que dou.
É assim que eu me sinto.
Eu tenho um coração.
Abra-me e veja-o!
Por favor, cuide bem dele.
Ele é tudo que eu sou.
Apenas eu.