Soneto de Fidelidade – Vinícius de Morais
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
pensamento lá longe…
no tempo em que éramos os verdadeiros “eduardo&monica”.
no tempo que você era rock e eu era toada.
no tempo em que você era skate e eu era carro de mamãe.
no tempo em que você era cursinho pré-vestibular e eu era início de faculdade.
no tempo em que você era mil amigos e eu era quase sozinha.
pensamento lá longe…
no tempo em que nos conhecemos e como nos conhecemos.
no tempo em que nos desencontramos numa certa noite de março.
no tempo em que descobrimos amigos comuns.
no tempo em que afinamos os gostos.
no tempo em que você passou a ser toada e eu a ser rock.
no tempo em que vivemos o pagode.
pesamento lá longe…
naquele tempo em que praticamos esporte juntos.
naquele tempo em que começamos a sair sozinhos.
naquele tempo em que cada minuto era vivido como único.
naquele tempo em que as viagens pareciam sessões de tortura.
pensamento vai, pensamento vem…
hoje somos rock, toada, pagode, axé, bossa nova.
hoje somos cinema nacional.
hoje somos amor e paixão, água e fogo.
hoje somos o doce e o desejo.
hoje somos eu e você, você e eu.
hoje somos dia e noite.
hoje somos um milhão de amigos.
hoje somos sonhos infinitos sonhados juntos.
hoje somos sonhos realizados.
hoje, bem…
hoje somos nós e só nós, vivendo um dia após o outo como se o mundo fosse só nosso.
vivendo sem medo de ser feliz.
vivendo sem medo de parecer bobo.
e é isso, eu simplesmente amo você… meu “tinenem”!
4 comentários:
Que linda declaração de amor... linda!
Quanto romantismo meu Deus! Lindo texto! Beijos
Puxa, até sem palavras eu fiquei. Talvez porque você tenha usado as melhores neste post. Penso que qualquer comentário que deixar nunca será o suficiente para chegar nas entrelinhas do teu post. Mas deixar de falar da tua capacidade de escrever aquilo que pensamos mostra, mais uma vez, o quanto somos opostos atraídos um pelo outro. Lembras quando ficavas calada, sem absolutamente nada dizer e eu, aflito, aos poucos, ia lendo sua mente, e colocava pra fora tudo o que pensavas? Como o mundo é, né? Nós rodamos, rodamos até acharmos alguém. Quando encontramos, vimos esse alguém ser tão distante de nós mesmos, que ficamos sem entender. Pior, vimos que essa distância é o que nos completa e faz-nos ser uma mesma carne. O Amor, segundo o poema
"É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Amo você.
Muito.
Beijos
estou sentindo saudades, não sei!
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